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de 6 a 18 de agosto 2019

Fazer um lugarzinho

Sobre

O terreno de Lourdes e Adão, como muitos outros na região do Serro, é um lugar de morar e trabalhar, inserido na sua comunidade e sua geografia, ao mesmo tempo isolado do ‘vasto mundo’ e a ele ligado. A casa abre-se para o jardim e o quintal contendo plantas, pomar e flores; prensa, ralador e pedra de torrar mandioca, forno de biscoito e galinheiro. Construções efêmeras de vara e barro guardam ferramentas, utensílios e mantimentos; ao lado de uma pilha de areia e tijolos, ergue-se a construção da casa do filho que trabalha fora. A vista alcança as serras no horizonte e sons de vozes, rádio, cachorros, galos, insetos, passarinhos e um eventual veículo chegam até ali. O celular na beirada do jirau lembra as mudanças relativamente recentes nos modos de vida. Nos últimos meses, a ‘memória da vida como era antes’, marcada pelo passado escravagista e extrativista, depara-se com ameaças de outra ordem, de saque do capital extrativo a essa região histórica de grande patrimônio imaterial e natural.
Em 2017, enquanto torrava farinha de mandioca, Lourdes nos disse: “eu adoro nosso lugarzinho”. É esse senso de lugar, que encontramos nos arredores do Serro, e seu impacto sobre nós que queremos fazer encontrar em Belo Horizonte. Para nosso conto do lugar, chamamos a fazer um lugarzinho no Parque Municipal.

Um lugarzinho para:
Encontrar
Construir
Plantar
Partilhar
Conhecer
Lembrar
Contar histórias

Convidamos as pessoas a construir e a fazer juntos. fazerviver nasce de um desejo de encontrar os modos de fazer da região do Serro. O encerramento deste ciclo do projeto concentra-se na nossa vivência da arte do fazer. O lugarzinho construído em praça pública e
com o público nos permite exercer
nosso fazer e estar em diálogo
com as pessoas e a cidade.
É ao mesmo tempo método e criação.

Apostamos também no atrito do “ancestral” com o “urbano”. Tentamos oferecer, como imagem vivida a justaposição da presença material e da potência de memória das estruturas de varas e do barro e de um ajuntamento de milho, por exemplo, com a cidade. Esperamos que o lugarzinho, esse outro território no parque público traga questionamentos e fomente aberturas e fissuras no nosso estar no mundo hoje.

membros do coletivo

Ghislain Botto
Letícia Panisset
Émilie Renault

com a participação de

Marilene Baroso para construção,
Ana Brilho para mediação

workshop

- Alunos de artes gráficas (Professores Elisa Campos, Brígida Campbell,
Rodrigo Borges Coelho)
da Escola de Belas Artes da UFMG -
Universidade Federal de Minas Gerais.
- Os professores e alunos do Escritório de Integração do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC Minas
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