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de 11 de maio a 30 de junho 2019

InventaRios

Sobre

Desde 2017 os moradores nos afirmam a presença da água no seu cotidiano e sua preocupação com a disponibilidade da água. Na nossa última viagem juntos à região, pedimos que nomeassem os córregos anônimos no mapa. Resultou daí uma rica discussão e, consequentemente, a realização desse projeto. A partir de setembro de 2018, Letícia seguiu o curso do rio Capivari e encontrou seus moradores, acompanhada por Ângelo Jesus da Silva [Ném], Marilene e Valdeir Barroso, Jaci Cunha, Luzia Ribeiro, Zé Ferreira e Genésio da Cunha. Em março passado, o amigo e fotógrafo Paulo Baptista, profundo conhecedor da região, aceitou o convite para uma caminhada pelo rio e seus afluentes.
InventaRios trata da construção dos sentidos da existência de um rio. Para isso o coletivo, aqui acrescido de Paulo e de Pedro Panisset, seguiu dois movimentos. Inventar Rio busca significar o rio a partir dos relatos e das nossas vivências. Inventariar Rio trata de inventariar a bacia do Capivari e re-escrever o mapa com os seus moradores.

O que dizer da convivência com o rio ? Sobre esses modos e saberes radicados no local, ao mesmo tempo em transformação, vulneráveis, e resistentes ? 
Voltando da Grota Seca o Ném apontou uma nascente – “ essa aguinha aí já criou família ”. Valdeir descreveu a seca dos córregos da Fazenda da Companhia : “ secou tudo, até as pedras secaram ”. Clarice Lispector, na sua carta a Fernando Sabino, escreve que a linguagem de Guimaraes Rosa em Grande Sertão : Veredas “ é diretamente entendida pela linguagem íntima da gente ”. Sentimos uma sintonia comparável em relação aos relatos das pessoas da região—uma linguagem íntima do lugar e da água, que nos fala diretamente. É desse tipo de sentido do local, e da natureza do rio, que nossas imagens querem falar. InventaRios quer “ jogar mundos no mundo ”. Quer construir esse outro olhar sobre a água e contestar a destruição selvagem e prevalente de recursos naturais e de vidas. Assim, no fluxo dos encontros, desejamos que nosso trabalho possa alimentar a utopia de outras maneiras de viver hoje.

Instalações

– uma instalação: 56 potos de água
e um gráfico desenhado, 16 m;
– uma edição de 56 páginas
fazer você mesmo, 5 m;
– Tudo shake: instalação em terra bruta
© EthnoGraphic 2017
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